google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 HORTA E FLORES: Produção de mudas de Berinjela

sábado, 20 de maio de 2017

Produção de mudas de Berinjela



Para obter sucesso na cultura da berinjela, um ponto fundamental é ter em mãos mudas sadias e vigorosas. Elas podem ser de produção própria ou adquiridas junto a viveiristas idôneos.

Para produzir suas próprias mudas, o agricultor deve adquirir as sementes em casas especializadas. No ato da compra de sementes verificar: a) se é de empresa idônea; b) se é da cultivar desejada; c) os índices de germinação e pureza, data de validade da análise e outras informações contidas na embalagem. Essa, por sua vez, deve ser envelope aluminisado ou lata.

No caso de adquirir as mudas, deve se procurar viveiristas reconhecidos e que possam assegurar a qualidade e a sanidade das mudas, assim como sua pureza varietal. No ato do recebimento das mudas, verificar o tamanho, a sanidade e o vigor.

Para produzir as suas próprias mudas, pode se optar pelo sistema da sementeiras, copinhos ou bandejas.


Produção de mudas em sementeiras


Este processo foi bastante utilizado pelos agricultores, estando hoje restrito a pequenos horticultores, hortas caseiras ou institucionais, devido à maior praticidade dos outros sistemas.

As sementeiras são canteiros especialmente preparados para a produção de mudas, devendo ser instaladas em locais não encharcáveis e próximos ao local definitivo de plantio. Para o preparo das sementeiras, o solo deve ser revolvido e bem destorroado. Para melhorar as suas condições físicas e químicas, recomenda-se espalhar uniformemente e incorporar na área a matéria orgânica que pode ser composta por esterco curtido de gado, na base de 8 a 10 L/m2, ou composto ou húmus na base de 3 a 5 L/m2, além de 200 a 250 gramas do adubo 4-14-8 ou similar/m2. O canteiro deve ter de 20 a 25 cm de altura e 1,00 a 1,20 m de largura. O comprimento do canteiro varia de acordo com a quantidade de mudas necessárias. Para o plantio de um hectare são necessárias 8.500 a 9.000 mudas. Um grama contem cerca de 200 sementes. Gasta-se 3 a 4 gramas de sementes para cada metro quadrado de sementeira.
Feito o canteiro, nivelar a superfície e marcar sulcos distanciados de 10 cm e com 1,5 a 2,0 cm de abertura e profundidade. Distribuir as sementes em linha corrida dentro do sulco e cobrir com o solo. Irrigar em seguida para melhorar o contato da semente com o solo. Dependendo das condições climáticas, a germinação iniciará aos 4 ou 5 dias. Após 25 a 35 dias, as mudas estarão com o tamanho ideal para o transplantio, com 4 a 5 folhas definitivas. Da emergência até a data do transplantio, deverão ser feitas as regas e o controle de plantas invasoras e de insetos-pragas ou doenças.

Produção de mudas em copinhos


A produção de mudas em copinhos pode ser feita em copos confeccionados com papel jornal, feitos pelo próprio agricultor, ou em copos plásticos descartáveis, preenchidos com substrato.

a) Preparo do copinho de papel jornal

Os copinhos devem ter 5 a 7 cm de diâmetro e 6 a 8 cm de altura. Para tanto corta-se a folha em tiras de 12 a 15 cm de largura e 45 a 50 cm de comprimento. Utiliza-se como molde para fazer o copinho, latas de conserva, pedaços de tubo de PVC ou bambu com o diâmetro desejado. O tubo de PVC ou bambu pode ser cortado com 15 a 20 cm de comprimento. Um dos lados deve ser reto para formar o fundo do copinho. O outro lado, cortado em bisel para formar um tipo de concha e assim facilitar o enchimento do copinho com o substrato. Caso se empregue uma lata para moldar o copinho, tanto a tampa quanto o fundo devem ser retirados, formando um tubo. Enrola-se a tira de jornal no tubo de PVC, lata ou bambu, deixando num lado uma margem de 5 a 7 cm que deverá ser dobrada formando o fundo do copinho. Devido ao comprimento da tira de jornal, a parede do corpo do copinho ficará com duas folhas o que lhe dará maior resistência. Apoiando-se o fundo na palma da mão enche-se o copinho com o substrato. Um vez cheio, retira-se o tubo puxando-o para cima. Os copinhos cheios devem ser arrumados em local plano formando uma espécie de canteiro. Não há necessidade de colar ou grampear os copinhos.

b) Preparo do copinho descartável de plástico

Neste caso, pode-se adquirir copinhos novos ou utilizar aqueles descartados em bares e restaurantes. Antes de enchê-los com o substrato, é necessário fazer 3 a 4 furos com 3 a 4 mm de diâmetro no fundo para facilitar a drenagem da água de irrigação. Fazer os furos com prego ou arame aquecido com 2 a 4 mm de diâmetro. Uma vez cheios, os copinhos devem ser arrumados em local plano formando uma espécie de canteiro. 

Produção de mudas em bandejas

Neste caso, recomenda-se construir uma casa-de-vegetação, cufo tamanho é variável conforme a necessidade de cada produtor, e nela montar bancadas contendo fios de arame ou vergalhões de aço. As bandejas ficarão como que suspensas sobre os arames ou vergalhões, evitando que as raízes das plântulas fiquem em contato com o solo ou sobre bancadas. Isso impede o desenvolvimento de raízes sob as bandejas e seu enovelamento, facilitando a remoção das mudas e o transporte para o local de plantio sem que as raízes sejam danificadas.

Existem no comercio vários tipos de recipientes para a formação de mudas como tubetes de plástico ou copinhos de fibras vegetais. Os melhores resultados em berinjela têm sido observados, no caso de bandejas, quando se utilizam aquelas com 128 células. 

Preparo do substrato

O susbtrato para o enchimento dos copinhos ou das bandejas de isopor pode ser adquirido ou preparado na propriedade. No primeiro caso, comprar aquele com especificação para o tipo de muda que vai ser formada.

Para o preparo do substrato na propriedade, empregar terra de barranco, esterco curtido de gado, ou composto ou humus, casca de arroz carbonizada ou pó de carvão de madeira. Misturar duas partes de terra com uma de esterco ou composto ou humus. Colocar 1,0 a 1,5 kg de adubo 4-14-8 ou similar por metro cúbico da mistura e 30 a 35% de casca de arroz carbonizada ou o pó de carvão. A casca de arroz carbonizada ou o pó de carvão têm a finalidade de facilitar a retirada das mudas formadas, além de evitar que o substrato forme torrões compactos que dificultariam a infiltração da água de irrigação e o desenvolvimento das raízes. Como medida preventiva contra possíveis problemas de mela (doença causada por diversos fungos de solo), recomenda-se fazer o tratamento térmico em autoclave ou a solarização do substrato.
 

Semeadura e cuidados com as plântulas

Deve-se semear 2 a 3 sementes por copinho ou em cada célula da bandeja. Após a semeadura, regar mantendo a umidade do substrato durante todo o período de crescimento das plântulas. Eliminar plântulas mal formadas e monitorar o desenvolvimento e a sanidade. Caso necessário, fazer o controle dos insetos-pragas e das doenças.

Transplantio

Para se reduzir o estresse das mudas por ocasião do transplantio e facilitar o pegamento, elas devem ser transplantadas quando estiverem com 4 a 5 folhas definitivas. Isso ocorre, em condições normais, aproximadamente aos 30 dias após a semeadura. Mudas formadas em sementeiras devem ser retiradas com cuidado para não danificar as raízes. Para aquelas formadas em copinhos de papel jornal não há necessidade de retirar o jornal pois este provavelmente já estará em decomposição. No caso dos copos de plástico, é necessário retirar as mudas do recipiente para fazer o transplantio.

Após retirada da sementeira, copinho ou bandeja, as mudas devem ser plantadas no campo o mais rápido possível, preferencialmente no período da tarde quando a temperatura for mais fresca, em solo pré-umedecido. As mudas devem ficar com o colo na mesma altura que estavam na sementeira, copinho ou bandeja. Após a colocação da muda, a cova deve ser completada com terra, fazendo-se nela uma leve compressão. Irrigar em seguida para melhorar o contato das raízes com a terra e assim, facilitar o pegamento.


O espaçamento entre linhas pode variar de 1,20 a 1,50 m e entre plantas de 0,80 a 1,20 m dependendo do hábito de crescimento da cultivar/híbrido, das condições climáticas, da fertilidade do solo e do sistema de manejo das plantas.
 



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